Livro sobre 50 anos Frelimo

Uma obra literária, retratando o percurso de 20 figuras moçambicanas que marcaram decisivamente as várias fases da epopeia do País, desde a criação da Frelimo, passando pela luta armada, proclamação da independência, fundação do Estado e implantação da democracia, foi lançado, sexta-feira última na Universidade Politécnica, em Maputo.

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Intitulado “50 Anos de História”, o livro reúne, em 20 entrevistas, experiências pessoais dos protagonistas, suas memórias, itinerário político e sua interpretaçao individual dos factos vividos, nos 50 anos da Frente de Libertação de Moçambique - Frelimo.
Aliás, ao fazer a apresentação da obra, o jornalista da Soico, Jeremias Langa, referiu que se trata “literalmente de uma viagem simbólica pelo tempo, convocando a memória dos protagonistas ao revelar factos da sua interioridade, no sentido de alguns deles nos fazerem compreender como se procedeu a luta de libertação nacional e a construção do Estado moçambicano, até aos dias de hoje”. “O projecto maior deste livro é sobretudo deixar um legado, pois os testemunhos históricos, quer orais, quer escritos, não abundam no nosso País, apesar de abundantes terem sido os actores deste processo e muitos deles, para a nossa felicidade, continuarem vivos”. Maria Inês Nogueira da Costa, vice-reitora da Universidade Politécnica, instituição que acolheu a cerimónia,  afirmou, por sua vez, que “durante anos muitos estudantes quiseram saber sobre o que se tinha passado durante a luta de libertação nacional e era embaraçoso, porque não havia documentação disponível". O compêndio da autoria da Soico e editado pela Texto Editora traz entrevistas de personalidades políticas como Feliciano Gundana, Sérgio Vieira, Pascoal Mocumbi, Mariano Matsinha, Lopes Tembe, Inácio Nunes, Cara Alegre Tembe, Francisca Dhlakama, Fernando Vaz, entre outras, num total de 20 testemunhos.
Dirigindo-se à plateia de aproximadamente 200 pessoas, um dos protagonistas, Sérgio Vieira, comentou que “se o nosso testemunho não for devidamente registado, corremos o risco de ser um Povo sem história, uma vez que a nossa voz pode ser sufocada pelo testemunho de muitos que estiveram contra nós durante a guerra colonial” (FDS).

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