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Rio Tinto à venda em Moçambique

A multinacional australiana Rio Tinto está a preparar a venda parcial ou total da sua unidade em Moçambique e já lançou um concurso interbancário para a seleção de um consultor financeiro para assistir o processo, informa o "The Wall Street Journal" na sua edição de terça-feira, citado pela agência AIM.

Esta decisão contraria a posição assumida em Fevereiro último, quando esta companhia assegurou que não tencionava vender o seu projecto apesar de uma revisão em baixa de três biliões de dólares no mês anterior e que levou à demissão do seu antigo director executivo, Tom Albanese, que foi substituído pelo australiano Sam Walsh. Na altura, Walsh disse em conferência de imprensa que Moçambique "não faz parte do nosso programa de desinvestimento". Se a Rio Tinto optar em vender a maioria das suas acções, o novo comprador terá de arcar com uma parte considerável das despesas de capital para a continuidade do projecto. Por outro lado, se a decisão for pela venda de todas as acções, a Rio Tinto poderá arrecadar mais de 700 milhões de dólares americanos. Refira-se que, em Abril de 2011, a Rio Tinto comprou a participação da mineradora australiana Riversdale na província de Tete, depois de desembolsar 3,7 biliões de dólares, tendo, em seguida, tomado plena posse do projecto em Junho do mesmo ano. O principal activo da Riversdale foi o projecto de carvão de Benga, no distrito de Moatize. Benga é uma mina gigantesca de carvão a céu aberto, que começou a exportar carvão em Junho do ano passado. A Rio Tinto já vendeu, desde 2009, activos avaliados em mais de cinco biliões de dólares. Depois da nomeação de Walsh como director executivo, no início do corrente ano, a companhia tem vindo a livar-se das pequenas operações como forma de tentar reduzir os custos. Recentemente, a Rio Tinto anunciou a redução da mão-de-obra em Moçambique num cenário que afirma ter a ver com as perdas registadas nas operações de 2012. Este exercício, que se enquadra nas mudanças organizacionais da empresa, culminou com a desvinculação de 76 trabalhadores, entre os quais 56 moçambicanos e 20 estrangeiros todos ligados à área de pesquisa e prospecção mineira.

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